quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Em 2014... um monte de coisa vem aí!

Depois de mais de meio ano, acho que quem acompanha esse meu blog pessoal pode ter achado que morri. Ou desisti da internet. Não é bem assim. Então, vamos a uma rápida atualização.


  • O Cosa Nostra ainda não saiu. Ele está com o texto pronto desde setembro, mas vários problemas tem atrasado seu lançamento. Acredito que agora em janeiro ele saia!
  • Além disto, fiz uma tradução para o inglês do texto de playtest do Cosa Nostra e lancei em alguns fóruns gringos para ver o que eles acham, pois...
  • Nós vamos lançar o Cosa Nostra por lá em algum momento de 2014-2015.
  • Além disto, planejo trazer um jogo indie gringo para o Brasil com o Estúdio V em 2014. Por enquanto não temos nada fechado, mas estamos de olho em alguns jogos. Vocês tem alguma sugestão?
  • Mas não só de indies vive minha carreira literária. Em 2014 pelo menos dois livros meus devem sair para Tormenta. Um está atualmente em edição pela Jambô, enquanto outro está atualmente sendo escrito, sendo que este ambos vão trazer muita coisa legal para os fãs da história do cenário.
  • Também estou trabalhando no meu primeiro romance. Comecei ele no National Novel Writing Month, mas não consegui terminar a tempo, então decidi fazê-lo agora em 2014, depois que terminar esse suplemento de Tormenta RPG para a Jambô. Curtam o plot na caixa de texto ali em baixo.
  • Ah, sim, antes que me esqueça, voltei a publicar no RPGista! Visitem lá quando puderem.
  • Pra terminar, em 2014 quero escrever meu projeto de jogo de fantasia renascentista, logo depois do romance!
E isso é tudo. Cool, hein?

Ideia geral: um romance sobre a vida de um game designer e como ele lida com os desafios da sua vida como dinheiro, carreira, família e amor.

História: Marcelo Martin é um dedicado game designer que acaba de ser demitido da única grande empresa de jogos do mercado nacional. Desiludido, sem um salário e vivendo das migalhas dos direitos autorais de jogos antigos, é forçado a se mudar de volta para a casa dos pais, onde tenta reavaliar sua vida e sua carreira. Em um encontro com seus antigos companheiros de RPG ele conhece Judite, uma artista com grandes sonhos em uma pequena cidade, cujo idealismo imediatamente entra em confronto com o realismo calejado por anos de experiência de Marcelo.

Ao mesmo tempo em que existe conflito também há identificação entre os dois. Marcelo vê o idealismo juvenil que perdeu, e quer recuperar, em Judite e ela vê no deprimido homem uma materialização dos seus próprios medos sobre sua escolha de carreira. Uma amizade conturbada nasce entre ambos então, com suas personalidades colidindo e se adaptando uma a outra, enquanto tentam entender seus próprios sentimentos e anseios.

Com a ajuda de Judite, Marcelo decide fundar sua própria empresa de jogos, embarcando no movimento de jogos independentes brasileiros. Durante este período, enquanto Marcelo retoma sua vida e Judite descobre os desafios do mercado, ambos devem lidar com uma crise desencadeada pela gravidez indesejada de Judite de um ex-namorado.

A gravidez faz sentimentos nunca ditos aflorarem em Marcelo e o coloca o improvável casal diante da decisão mais importante de suas vidas: quão importantes são seus sonhos?

Loucos... e incríveis. Tão incríveis!

Agora em 2014 vai fazer dez anos do furacão Catarina. Na época, enfrentei os ventos da tempestade e estava andando de moto por estradas vazias. Acho que quando se é jovem tu tem essa disposição para o perigo em alta, parece que nada vai matar você. E portanto nada pode ficar entre o que você quer e você, não importando quão grande e poderoso aquilo seja, pois você apenas vai direto na direção dele e tenta derrubá-lo. Às vezes o efeito surpresa funciona e você sai vivo, apenas para ir bater de frente contra o próximo obstáculo tentando repetir o feito.

Essa disposição para o perigo, ao menos, dá umas boas histórias. O Adão sempre me chama de Paladino do RPG. O apelido vem de outro feito, quando fui de Morro da Fumaça até a casa do Jairo em Criciúma, uns 30km de distância, no meio uma tempestade para jogar RPG com eles. Cheguei lá encharcado, depois de quase ter sido arremessado pelos ventos algumas vezes para fora da estrada e em direção a carros e caminhões, e simplesmente disse "Bah, pessoal, desculpa o atraso, essa chuvinha chata não me deixou acelerar muito".

Depois disto virei o Paladino do RPG, capaz de enfrentar qualquer perigo para rolar uns dados, e a minha velha moto era a Montaria Sagrada. Heh.

É engraçado até como esses momentos de quase morte proporcionadas pela disposição para o perigo acabam virando grandes histórias da nossa juventude. Nós lembramos com carinho como enfrentamos a morte e vencemos, mesmo quando o fizemos de uma maneira tão irresponsável, por qualquer razão ridícula que aparecesse.

As pessoas dizem que quando ficamos velhos tentamos fazer nossas vidas fazerem sentido por medo da morte, mas acho que isto acontece muito mais cedo. Nós tentamos fazer nossas vidas terem sentido quando jovens, nestes momentos ridículos em que nos colocamos em perigo de vida por qualquer razão. Porque para o resto das nossas vidas nós vamos olhar para trás, sorrir e dizer: "Como eu era louco, fazendo aquelas coisas... louco, sim, e incrível. Deus, como fiz coisas incríveis na minha vida!"